Monday, October 30, 2006

Comunicar é também educar!

Tendo em vista os efeitos negativos do capitalismo, como exclusão e marginalização de certos grupos, os meios de comunicação tem a opção de ou serem parceiros de ideologias que conservam e reforçam estas exclusões, ou optarem por atuar como mecanismos e espaços de protesto, reivindicação social. A mídia deveria ter este papel, o papel democrático e de transformador social, compensando e contrabalanceando os efeitos negativos da estrutura capitalista. Como a Educação Para a Mídia é fraca ainda nas escolas, o projeto visa atender essa carência, de refletir a mídia, e, através dela, poder expressar temas que são omitidos pela mídia comercial. Estou no projeto faz mais de 6 meses. Eu mesma o criei. Um professor da minha faculdade achou bem legal e o transformou em projeto válido como extensão universitária.

O Projeto “Educando pela Comunicação” visa atender à comunidades carentes de Bauru/SP, aproximar estudantes de jornalismo da comunidade, estimular a leitura diária de jornais e mídia e poder usá-los como meio educativo, transformador social, cultural, crítico e de formação cidadã, através da leitura crítica da mídia e suas formas de manipulação, propondo reflexões.
As atividades do projeto abordam temas de Educação para a Mídia, esta, tem como o objetivo tornar os veículos de comunicação mais democráticos, através de uma comunicação alternativa, livre de interesses políticos e comerciais. O projeto trabalha neste âmbito, criticando a mídia comercial e criando seu próprio veículo de comunicação, um jornal impresso, o qual favorecerá temas de interesse dos bairros periféricos e dos alunos do projeto. Vários meios de comunicação querem divulgar na mídia meu projeto, mas estou aguardando a primeira publicação do jornalzinho, pois este é o meu objetivo principal dentro do projeto, é o fruto, o produto de todo aprendizado.



Através da leitura crítica e contato técnico de matérias jornalísticas de veículos de comunicação regionais e nacionais, assim como diversos produtos midíaticos da indústria cultural (publicidade, novelas etc.) os alunos aprendem que estes devem ser meios de aproximá-los da realidade social e conscientizá-los dos problemas da sua cidade, do seu estado e do seu país. O aluno entenderá que o jornalismo, assim como a mídia, não deve favorecer somente as classes altas, interesses de governantes e comerciais. O veículo de comunicação deve ser um meio de expressão, de “dar voz para os que não têm voz”, um instrumento de protesto, principalmente de assuntos socias marginalizados, que a mídia comercial dá pouca importância.



Apesar de algumas dificulades, como a baixa escolaridade e baixo nível de leitura e repertório, os alunos aprenderam a refletir adequadamente a mídia e saber como lidar com certos valores que influenciam o comportamento deles, como o incentico à sexualidade precoce, a banalização da violência, a banalização dos problemas das classes mais baixas, a parcialidade da mídia, omissões de informações, sensacionalismo etc.

Espero que os colegas de jornalismo gostem e possam expor suas opiniões a respeito desse projeto de educomunicação.
Para mim, é um projeto estimulante, gratificante e que está me fornecendo um contato amplo com a pobreza e as dificuldades dessa classe. Não troco essa experiência por nada, e quero, no meu mestrado, poder expor nas minhas pesquisas esse conhecimento novo que estou adquirindo cada vez que vou lá. Também prtendo, mais adiante, desenvolver este mesmo tipo de experiência na Rede Municipal de ensino, proposto para mim pela própria Secretaria da Educação.

Educação e comunicação. Harmonia necessária.

9 comments:

Anonymous said...

Olá Mariana, sou jornalista e vi seu site publicada na comunidade do orkut Fico mto feliz mesmo que vc tenha dado iniciativa a um projeto maravilhoso como esse. Saiba que grandes empresas, como a que eu trabalho, têm valorizado no currículo algum tipo de trabalho social que a pessoa tenha desenvolvido e se dedicado a campo a longo prazoHoje, trabalho social vale mais do que língua fluente, para os desatualizados do mercado. Parabéns e continue crescendo no projeto. São difíceis as pessoas que encontramos que têm essa iniciativa e conseguem coordenar um projeto lindo destes. Vai fundo, querida. Com certeza, vc será um excelente profissional
Abraços!

Anonymous said...

Mariiiiiiiiiiii
Demais o seu projeto... já falei isso várias vezes pra vc né!Bjão
Fer

Anonymous said...

Se me permite, entrei no seu perfil do orkut. Gostaria de adicioná-la, para trocarmos idéias profissionais. Sou jornalista, socióloga e pedagoga de uma rede importante de Organização-Não-Governamental. Gostaria muito de um projeto de educomunicação como este, exemplar, que você desenvolve. Realmente, parabéns. Sou de São Paulo e aguardo seu contato após me adicionar no orkut.
Obrigada
Simone

Anonymous said...

Oi Mari... parabéns...não tinha visto as fotos ainda... muito bom!
Bjokas, amei o blog!

Giul Martins said...

É isso aí! (sem cliches), dá muito orgulho ter como companheira de conversas e estudos alguém que realmente entende o valor do jornalismo para a sociedade!!!
Não preciso ficar dando maiores explicações, os atos do projeto falam por si.

Anonymous said...

Adoramos o projeto!
Parabéns!
Lú, Meire e Rick, seus amigos q estão aqui sempre torcendo por ti!

Anonymous said...

Que legal, vc realmente conseguiu transformar um pedacinho de um lugar q precisava de vc. Se todos nós contribuíssemos com esse pedacinho de pedacinho em pedacinho formaríamos um grande "pedação" e a transformação chegaria em seu ponto ápice.
Bjusss!

Pepe said...

10,10 e 10 esse seu projeto.Todos nós deveriamos de alguma forma fazer um pouquinho pra ajudar esse pessoal.
Parabens e sempre que eu puder venho visitar seu blog.Há,adorei as fotos tambem.
PEPE/ALEMANHA

Anonymous said...

Olá Mariana, tudo bom?
Parabéns pelo projeto!!! Showwww de bola!
Sou do grupo Folha de S. Paulo. Me formei em jornalismo também e sempre admirei área de educomunicação e quem trabalha nela. É uma área fascinante.
São jornalista como voc~e, que cobseguem enxergar a função educativa e social que o jornalismo tem que fazem a diferença.
Abraços!
Eduardo (redação)